Lembro da minha infância onde mesmo querendo mostrar ser a super, mas na frente do espelho sempre enxerguei um patinho feio.
Isso deu prosseguimento na minha adolescência, onde estava sempre feliz, sorridente, me mostrando para os outros ser “o cara”, mas quando me encontrava sozinha me achava, feia, burra, sem graça. Não conseguia enxergar todas aquelas virtudes que os outros viam em mim.
Partindo deste momento da minha vida, os conflitos começam a ficar mais latentes, os por quês começam a aparecer, as percas começam a acontecer.
Chorar debaixo dos lençóis e me mostrar forte fora dele passou a ser uma constante na minha vida. Coisas inacabadas por falta de estimulo, tristezas constantes, enjôos sem causas aparentes assim como dores físicas.
Até então não sabia o que estava acontecendo comigo, mas tinha uma certeza na minha vida, ODIAVA VIVER, e gritava com Deus sempre que acordava, POR QUE ME DESTES MAIS UM DIA DESTA VIDA DETESTÁVEL.
Acredito que de tanto gritar, questionar Deus se cansou e resolveu dar um objetivo para que eu quisesse viver. EU TINHA UMA VIDA DENTRO DE MIM.
Porém mais uma vez isso foi tirado de mim. E as percas continuaram a acontecer, uma após a outra parecia que Deus queria testar minha resistência.
E eu não resisti. Cai, a queda foi feia.
Me era insuportável ouvir as pessoas me dizendo “Depressiva você, nunca imaginaria isso”, “Como assim, depressão, você é tão alegre, tão espontânea, tão feliz”.
Comecei a me sentir culpada por estar ou ser doente, não queria causar aquela frustração nas pessoas que me rodeavam. E isso era insuportável me dava mais motivos e razões para querer sumir, acabar com a minha vida.
Idas e vindas a psiquiatras e a cada consulta minha idéia de que era uma derrotada aumentava, pois ouvia “Você não acha que já é bem grandinha pra tentar se matar”, tudo bem essa profissional era uma grande idiota e antiética. Mas enfim os comentários dos outros não era muito diferente e só faziam aumentar o buraco em que me encontrava.
Havia uma luta entre duas definições:
Sou covarde, não consigo enfrentar, nocautear meus problemas e por isso quero morrer.
Sou corajosa, pois sei de todas as conseqüências de uma morte prematura e ainda assim quero enfrentar essas conseqüências.
Não encontrei essa resposta, mas hoje sou corajosa, pois procurei e encontrei ajuda. Aprendi a lutar com a doença através das consultas semanais com o psicoterapeuta, o que, diga-se de passagem, são um balsamo. Acredito hoje até que todo ser humano deveria fazer psicoterapia pra soltar seus bichos. E com as medicações receitadas pelo psiquiatra.Não tenho mais vontade de morrer, quero viver, quero mostrar para a Depressão que ela não é maior que Deus, que ela não é maior que meus planos, que meu sorriso, que a amizade que tenho e que recebo das pessoas que me rodeiam e que acima de tudo ela não é maior que MINHA VONTADE DE VIVER.
Isso deu prosseguimento na minha adolescência, onde estava sempre feliz, sorridente, me mostrando para os outros ser “o cara”, mas quando me encontrava sozinha me achava, feia, burra, sem graça. Não conseguia enxergar todas aquelas virtudes que os outros viam em mim.
Partindo deste momento da minha vida, os conflitos começam a ficar mais latentes, os por quês começam a aparecer, as percas começam a acontecer.
Chorar debaixo dos lençóis e me mostrar forte fora dele passou a ser uma constante na minha vida. Coisas inacabadas por falta de estimulo, tristezas constantes, enjôos sem causas aparentes assim como dores físicas.
Até então não sabia o que estava acontecendo comigo, mas tinha uma certeza na minha vida, ODIAVA VIVER, e gritava com Deus sempre que acordava, POR QUE ME DESTES MAIS UM DIA DESTA VIDA DETESTÁVEL.
Acredito que de tanto gritar, questionar Deus se cansou e resolveu dar um objetivo para que eu quisesse viver. EU TINHA UMA VIDA DENTRO DE MIM.
Porém mais uma vez isso foi tirado de mim. E as percas continuaram a acontecer, uma após a outra parecia que Deus queria testar minha resistência.
E eu não resisti. Cai, a queda foi feia.
Me era insuportável ouvir as pessoas me dizendo “Depressiva você, nunca imaginaria isso”, “Como assim, depressão, você é tão alegre, tão espontânea, tão feliz”.
Comecei a me sentir culpada por estar ou ser doente, não queria causar aquela frustração nas pessoas que me rodeavam. E isso era insuportável me dava mais motivos e razões para querer sumir, acabar com a minha vida.
Idas e vindas a psiquiatras e a cada consulta minha idéia de que era uma derrotada aumentava, pois ouvia “Você não acha que já é bem grandinha pra tentar se matar”, tudo bem essa profissional era uma grande idiota e antiética. Mas enfim os comentários dos outros não era muito diferente e só faziam aumentar o buraco em que me encontrava.
Havia uma luta entre duas definições:
Sou covarde, não consigo enfrentar, nocautear meus problemas e por isso quero morrer.
Sou corajosa, pois sei de todas as conseqüências de uma morte prematura e ainda assim quero enfrentar essas conseqüências.
Não encontrei essa resposta, mas hoje sou corajosa, pois procurei e encontrei ajuda. Aprendi a lutar com a doença através das consultas semanais com o psicoterapeuta, o que, diga-se de passagem, são um balsamo. Acredito hoje até que todo ser humano deveria fazer psicoterapia pra soltar seus bichos. E com as medicações receitadas pelo psiquiatra.Não tenho mais vontade de morrer, quero viver, quero mostrar para a Depressão que ela não é maior que Deus, que ela não é maior que meus planos, que meu sorriso, que a amizade que tenho e que recebo das pessoas que me rodeiam e que acima de tudo ela não é maior que MINHA VONTADE DE VIVER.
Nem sei o que dizer... Ler seu texto me fez relembrar a minha própria história.
ResponderExcluirMinhas torturas pessoas eram outras, mas as sensações são muitos próprias das de quem também já conheceu o "inferno".
Sabe, a 6 anos ouvi uma pessoa relatar que aquilo tudo que estava acontecendo comigo tinha um nome: Depressão! Me choquei, lutei contra, me deprimi ainda mais e fui buscar respostas... Tentei, tentei, mas precisei "surtar" e me agredi na frente das pessoas para que alguém além de mim: a menina sempre sorridente, equilibrada e feliz (na frente dos outros) percebesse que sozinha eu já não conseguia mais me ajudar. Então, começaram as sessões de terapia, o encaminhamento ao psiquiatra, a medicação, a descoberta de mim mesma, o saber diferenciar meus sentimentos (até hoje eu não sei rsrs), superar meus medos, o suportar sair de casa, o pânico das pessoas, dos lugares fechados, das multidões, o medo da morte e o desejo incontrolável de encontrá-la e a sensação real de morte eminente - ela estava ali e nada mudaria isso!
Enfim, hoje, 6 anos depois de descobrir que eu tenho uma doença que não tem cura, mas que me permitirá conviver com ela, numa relação de respeito e acima de tudo, de luta, me proporcionaram um conhecimento maior de mim mesma, uma serenidade maior para encarar a vida, um amadurecimento e uma vontade maior de viver.
Existiram momentos de quedas e de se levantar, haverão alegrias e tristezas, mas no final, o que fará a diferença a atitude diante da doença. Não existe como se esconder dela, mas é possível conviver com ela percebendo que tudo passa sempre.